segunda-feira, 30 de agosto de 2010
NAS NOSSAS MÃOS
Não tenho sentido os anos passar por mim... (Talvez ainda tenha poucos para esse sentir). Mas eles vão passando, um a um - sentença natural, perfeitamente democrática - e que é igual para todos. A diferença reside porventura na nossa pessoa, na forma como passamos pela vida ou na forma como ela vai passando por nós!
Efectivamente ainda não sinto o peso biológico dos anos, mas já senti o peso do sentido de frases feitas, ouvidas tantas vezes por outros com mais anos e experiências do que eu. Dizem, por exemplo muito sábiamente, que a vida nos vai transformando, ou nós vamo-nos transformando com ela - parece quase a eterna questão sem resposta, de quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha, mas não é... A questão é distinta e pertinente. É que para mim, ser-mos transformados pela vida, parece-me essencialmente mais passivo e dramático do que transformar-mo-nos nós próprios com ela. Para mim - que até hoje tenho aceitado positivamente os seus desígnios e agido activamente no sentido de bem conviver com eles - a questão essencial nem é essa...
Em que medida mudeí? De que me serviram as experiências? Aprendi algo importante? Tenho estado "à altura" das situações?
São reflexões que faço, como que para sentir uma certa segurança, que me faça acreditar que com os anos vireí a ficar cada vez mais evoluída, mais forte... melhor ser humano para mim e para os outros - é assim que a vida me parece ter sentido!
Na minha mente os desafios de viver são imensos e é nas nossas mãos que reside a melhor ou pior forma de contorna-los e conviver "pacificamente" com o que a vida nos trás, valorizando sempre muito mais os bons momentos e aquilo que aprendemos dos momentos menos bons.
No entanto, pergunto-me algumas vezes se estes meus pensamentos serão falsos e portanto, meros mecanismos de defesa, ou se são efectivamente verdadeiros caminhos que podemos sempre optar como atitude, perante os acontecimentos. Pergunto-me e respondo-me mantendo a mesma forma positiva de reagir (pelo menos até hoje - a ver vamos se a vida não me muda).
Quer esta minha atitude seja, realista ou idealista, é sem duvida a que me resulta melhor!
Afinal de contas, não existe neste campo uma verdade Universal... E Vida, até prova irrefutável em contrário, só temos esta - devemos pois procurar vive-la o melhor possivel!
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2 comentários:
O tempo vai-nos moldando, a vida vai-nos talhando. Temos tendência para só nos apercebermos das mudanças em ciclos de 10 anos, o que para quem vive tão epartilhado pelo tempo me parece um bocado grotesco...
Atena:
Eu acho que são os desafios e os obstáculos que nos vão surgindo que nos fazem ir buscar forças e coragem que nós próprios não sabíamos possuir. Mesmo se, qd surgem, a primeira reacção é de desespero.
Enfim, no fundo tudo isso faz parte daquele famoso conceito identificado como 'crescimento interno' ou 'amadurecimento', que não tem propriamente a ver com a idade que temos e sim mais com as experiências que vamos vivenciando. Mas o tempo, por si só, tb nos trás outras qualidades: eu, com o tempo, fui aprendendo a ‘relativizar’, outro conceito muito engraçado… Se de auto-defesa ou de adaptação, já não sei dizer.
Este post aborda um tema giro e mt complexo. Dá pano para mangas! :)
Cumprimentos.
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