Diz-se (com muita razão), que os filhos são "bocados" de nós. Nunca tive duvidas disso, mas ontem descobri a parte exacta em mim, que é o Vasco... Fica algures no peito, estomago e barriga! Foi toda esta zona que me ficou a doer, quando após o beijo e abraço da despedida, o vi ir embora, sem sequer olhar para trás. São 15 dias na casa dos avós a 400 km de mim! Não temos como o ter por cá - não há atl's, nem escola, nem ninguém para poder ficar com ele durante o tempo que estamos a trabalhar. Fazer férias nos avós também acaba por ser bom para ele, mas este ano, custou-nos mais.
Já sem ele, fizemos o percurso para Lisboa sem muitas palavras, apenas o confirmar de sentimentos que nos caracteriza como casal e sobretudo como pais do Vasco. Percebemos que desta vez ele iria sentir imensas saudades nossas.Tinhamos vindo a "prepará-lo para os dias sem nós - Com ele é bom antecipar o mais possivel o "futuro", para que nada seja surpresa.
(Nós) - Sabes Vasco, agora ficas com os avós para o pai e a mãe irem trabalhar. Depois a mãe e o pai, telefona-te todos os dias para saber se te portas bem e dar beijinho, pode ser?
(Vasco) - Não, o pai e a mãe não vai trabalhar...
(Nós) - Sim filho, vamos trabalhar e tu ficas aqui com os avós a brincar. Tens a pantufa, o toy, a carrinha do avô... depois a mãe e o pai vem-te buscar, pode ser?
(Vasco) - Está bemmmmmm...
Deu-nos um beijinho e sempre de costas voltadas, lá foi ele.
Pareceu-nos nitídamente que não nos queria ver ir embora no carro... e foi aqui que "ele" me começou a doer mais... no peito, no estomago e na barriga!
Se a saudade fosse apenas sentida por nós, suporta-la-iamos muito mais facilmente, mas o Vasco está a crescer e esse crescimento tem trazido sentimentos complexos de digirir... (como a saudade).
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1 comentário:
O coração fica bem pequenino, não?
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