Cá por casa, consegue-se fugir pouco aos costumes natalícios da actualidade, mas o sentimento com que o vivemos e a ordem de importância que damos às coisas desta quadra, talvez seja um pouquinho distinta.
Compram-se presentes - uns de coração, outros nem tanto...
Come-se à farta - sempre mais do que necessário...
E junta-se a familia...
No fundo, não sou bom exemplo, porque segundo as minhas ideias sobre o Natal, não devia compactuar com este tipo de festevidades, ou pelo menos com algumas das suas formas.
A minha "redenção" faço-a através do meu querido Vasco... Com ele comeceí a ver o que realmente é importante e o resto é como que um automatismo que pouca coisa me diz. Este sentimento é partilhado com o pai que mo confessa nas nossas muitas conversas.
O nosso verdadeiro Natal é o Vasco pedir-nos para fazer a àrvore de Natal, com aquela ansiedade naif que caracteriza a maioria das crianças levando-me a pensar que o Natal é mesmo deles, e a sentir por momentos que as diferenças entre o Vasco e os outros meninos da sua idade, parecem por vezes tão ténues...
O nosso verdadeiro Natal é perguntar-lhe pelo 5º. ano consecutivo (desde os seus 2 anos que o fazíamos), que prendas quer receber do pai Natal, e obter uma resposta com a sua voz maravilhosa, que demoramos tanto tempo para ouvir...
O nosso verdadeiro Natal é que mesmo que a excentrícidade do seu desejo com as prendas possa parecer significativa - diz que quer um relógio de parede e um relógio de pulso - nós iremos na mais total felicidade em busca das suas prendas favoritas, seja lá onde for e ansiamos pela alegria, que esperamos se lhe vá estampar no rosto, ao desembrulhar o seu magnífico presente. Pelo meio compraremos outros - como sempre - na esperança que desenvolva nele o gosto por brincadeiras comuns, como já acontece com muitos brinquedos hoje.
São estes alguns dos pontos altos no nosso Natal, e acreditem que são estes os momentos da mais pura das felicidades que esta quadra nos oferece.
Sinto-me grata por ir conseguindo ter a possibilidade de ter tudo o resto, mas o nosso Vasco ensinou-nos a viver uma outra magia no Natal e a valorizar coisas que provavelmente pouco interesse suscitam no Natal de outros.
4 comentários:
Olá amiga,
que bom o Vasco gostar de decorar a árvore:-)
As prendinhas dele até que são bem escolhidas o meu B. quando tinha a mesma idade do V. só pedia de prenda um pacote de canela lol.
Ele dizia que o Natal não se fazia sem canela pelo que não dispensava uma saqueta.
Fico contente em ver o Vasco assim entusiasmado com a quadra.
Beijinhos
Amiga:
O Natal é sem dúvida das crianças, aproveite esta fase linda das vossas vidas.
Já agora Feliz Natal.
Beijinhos
Na verdade as coisas não são assim tão maravilhosas quanto as minhas palavras parecem deixar transparecer... Eu é que procuro sempre encontrar um arco-irís no meio das tempestades, porque sempre se torna mais facil passar por elas.
Os arco Irís também são realidades e surgem como uma espécie de colorido que altera a paisagem para melhor... porque não olhar mais para eles, do que para a própria tempestade?
No fundo faço isso muitas vezes na vida, e quando não dá para vê-los, nem "inventá-los", "hiberno" há espera de dias melhores. (Até ao dia em que o cansaço me vença e eu não consiga mais ver as cores bonitas da vida - espero que não chegue esse dia, embora por vezes o sinta perto...) Obrigada por estarem por aqui, e grande abraço
Que bom minha querida poderes ouvir o Vasco pedir as sus prendas favoritas.
Anseio tanto pelo dia em que o João começe a falar.
Sei que sabes o que sinto porque já passaste pelo mesmo, e por muito que queiramos disfarçar existe uma ansiedade louca cada dia que passa.
Beijinhos
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