quinta-feira, 1 de novembro de 2012

PAIS PRESTADORES DE AJUDA

Excuso-me a dizer-vos que a minha ausencia daqui, se prende com falta de tempo... Não é esse o motivo. Já sabem que quando não tenho muitas palavras de esperança, prefiro ter falta! Acontece que os dias têm passado, mantendo o mesmo tipo de sentimentos e não queria arriscar-me a ser expulsa por falta de comparencia:)
Sinto falta de aqui vir e poder dizer o que me vai na alma, mesmo quando ela se reveste de cores mais cinzentas. Não é péssimismo - é mesmo a realidade que insiste em não trazer grandes alegrias. Nem tristezas,(felizmente), mas a actual situação tem o dom de minar a maior parte de nós, colocando-nos em profundo cepticismo, não nos permitindo pensamentos positivos ou a veleidade de ter grandes expectativas.
Sinto que a generalidade das pessoas, sucumbiu à onda do cansaço e vive automáticamente os dias!
Quem nos governa, pensa em pouco mais do que numeros, transformando demasiadas vidas em impensáveis fatalidades.
Em todo este contexto, ficam rigorosamente esquecidos, os mais vulneráveis da sociedade...
Ora como mãe de uma criança com comprovadas "vulnerabilidades", e amiga de muitas outras em semelhante situação, calculam as situações lamentaveis que vou conhecendo todos os dias? São muitas falhas, é muita negligencia, é muita hipócrisia...

Mesmo que queira ter o necessário distanciamento emocional para poder dar-me como apoio, tal não é mesmo possivel. Não tenho palavras de apoio, porque não há respostas... Não há alternativas e o caminho vai-se estrangulando à medida que os filhos crescem, tomando inevitavelmente outra forma, o rosto da incapacidade.

Questiono-me sobre o meu papel de mãe prestadora de ajuda - (formação que ainda estou a fazer a par de um projecto que aqui dei a conhecer-vos há uns tempos) - Qual ajuda??? Caramba, se nem eu tenho ajuda, que ajuda posso dar seja a quem for!?




 
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