quarta-feira, 28 de abril de 2010

A FORÇA DAS PALAVRAS III (PALAVRAS AMIGAS)



PALAVRAS AMIGAS QUE GUARDO:
- A vida da minha pequena familia ficou mais rica depois de vos conhecer;
- O Vasco é um giraço;
- Eu queria que os meus filhos tivessem a oportunidade de lidar com o seu;
- Ele está tão bem, tem evoluído tanto;
- O seu filho tem uma luz única;
- Ele é lindo!
- A minha filha diz que o Vasco é o seu melhor amigo;
- Ele ainda te vai surpreender muito;
- Tinha que te dizer que o sorriso que ele me deu hoje foi espetacular;
- Ele empurrou-as mas elas devem ter-lhe feito alguma coisa, são muito reguilas, não se preocupe;
- Só gostava de ter um irmão se fosse como o Vasco;
- Gosto tanto do seu filho!

A terminar uma sequência de 3 postagens sobre a força das palavras, quis fazê-lo com as mais doces, que também tenho ouvido e guardo comigo, colocando-as muitas vezes no outro prato da balança, porque ninguém é imune àquilo que fica dito! É fundamental que se encontre um equilíbrio de pesos no que recebemos dos outros. É esse equilíbrio que nos ajuda a ir mais além...

A FORÇA DAS PALAVRAS II (OUTRAS PALAVRAS)


Não se dá, normalmente às palavras, o peso que elas efectivamente têm... Nem sempre intuímos aquilo que podem provocar nos outros. Mas elas pesam, ecoam e fazem a diferença entre o "céu" e o "inferno" dos nossos pensamentos - (felizmente, temporáriamente)!
OUTRAS PALAVRAS QUE REGISTEÍ E JAZEM NO ARQUIVO MORTO:
- Afinal o que é que ele tem?
- Temos que pensar numa solução porque os outros pais fazem reclamações...
- O seu filho frequenta este espaço porque a gente quer...
- Muitos pais estão contra que o seu filho e os outros venham para aqui...
- Coitados de vocês...
- Ele é deficiente...
- O que vos aconteceu, foi uma fatalidade.

sábado, 24 de abril de 2010

CAMPANHAS AUTISMO III (PORTUGAL)





Por cá também temos campanhas sobre autismo - analisando-as com as duas que posteí anteriormente, percebe-se em que patamar ainda estamos no nosso País nesta matéria, relativamente aos outros. Tudo bem, é apenas a constatação de um facto comparativo entre as diversas campanhas que vou assistindo pela net, o assunto é o mesmo, mas os "alvos"/objectivos são diferentes e a intensidade com que passam nos meios de comunicação também difere substancialmente. Mas como o que importa é que se inicie o caminho, e que mesmo em atraso, se prossiga firmemente nele, pergunto:
-PORQUÊ NÂO PASSAM ESTE TRABALHO,(JÁ FEITO), NOS NOSSOS CANAIS EM HORÁRIO NOBRE, PARA QUE TENHA A FORÇA E VISIBILIDADE QUE TANTO PRECISA?

(Excentrica seria eu, caso me saísse o euromilhões - compraria o Canal 1 da RTP e imaginem o que passaría a dar mais vezes nos espaços publicitários?)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A FORÇA DAS PALAVRAS I (OUTROS PAIS)


Palavras, leva-as o vento...
Concordo que as leva, mas não sem antes deixarem em nós a sua marca - Um carimbo de lacre fervilhante que nos queima a alma e invade o pensamento...
O vento leva-as, mas antes elas passam por nós! Passam-nos por cima, por fora, por dentro, carregando-nos com o seu peso, deixando-nos numa imensa confusão de sentimentos...
Ao longo da vida todos guardamos palavras, algumas ditas como que atiradas ao ar, mas sentidas tal fenómeno natural que nos desarma, devasta, permanece e vai corroendo... Depois dissipam-se na poeira daquilo que derrubaram, e nós vamos-nos erguendo porque, palavras leva-as o vento...
Também tenho algumas, que guardo e aqui deixo, porque na verdade não as quero para mim. Devolvo-as assim ao vento - ele que as leve então, para bem longe do meu pensamento.

(PALAVRAS "RETIRADAS" DA PARTILHA DE MOMENTOS COM OUTROS PAIS):
- "só queria ouvi-lo dizer que é feliz, depois podia calar-se de novo, para sempre"

- "já penseí em acabar com a minha vida e a dele... assim acabava-se tudo de uma vez"

- "Não sei se sou boa mãe, gostava que ele me pudesse dizer um dia"

- "Quem cuidará do meu menino quando eu partir"

quinta-feira, 15 de abril de 2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

SOMANDO MAIS UM :-)


Faz hoje 38 anos que nasci... É portanto o meu dia de aniversário.
Apenas mais um, como costumo dizer - a somar. Desde o primeiro dia até ao ultimo, a conta é sempre de somar - Alegrias, tristezas, vitórias, derrotas, segredos que nunca ousamos contar... Pensamentos, medos, frustrações, desejos. A vida é feita de tanta coisa!
Muitas variantes que nos vão preenchendo a cada dia, cada hora, em todos os momentos...
Assim em jeito de "rewind", que a tendência é a de fazer balanços de percurso, olho para trás, e não mudava nada, N A D A! O saldo é positivo, ainda que o caminho tenha, por vezes, sido sinuoso.
Por certo que tereí ainda muito para viver, muito caminho para andar, somando tantas outras coisas (assim o espero)... Peço apenas que a maioria sejam boas e que o meu espírito vá crescendo o suficiente para eu ultrapassar, (o melhor possivel), as outras.
O ciclo será feito do mesmo que até aqui: alegrias, tristezas, vitórias e derrotas, porque as maiores alterações da vida residem em nós próprios, vão ocorrendo dentro de nós - mudando-nos os pensamentos, as atitudes, a visão que temos do caminho e a forma como vamos fazendo contas à vida... até que vamos percebendo que o mais importante, é mesmo vivê-la com tudo o que ela tem, porque pura e simplesmente não somamos eternamente, e quando a contagem pára, páram as tristezas e as derrotas, mas para trás ficarão também as alegrias e as vitórias.

sábado, 10 de abril de 2010

CAMPANHAS AUTISMO I (EUA)


Tenho assistido a algumas campanhas de sensibilização e "alerta" às sociedades, em relação ao Autismo, via internet - (TODAS noutros Países).
Há muito que espero visionar alguma por cá, bem elaborada, que transmita o melhor possivel informação sobre o espectro da Perturbação. É urgente sensibilizar, alertar, informar...
Dar a conhecer, evitando a mágoa e a dor que provocam atitudes descriminatórias, fruto de desconhecimento... A negligencia, a indiferença com que ainda se confrontam tantas destas familias, tão injusta e desumanamente, TÊM de combater-se - (NÃO VAMOS NUNCA DESISTI).

terça-feira, 6 de abril de 2010

O TEMPO É UM MESTRE


Tenho andado um pouco mais afastada que o costume... Falta de tempo apenas.
Aproveitando a páscoa, fizemos uma "retirada espiritual", e rumamos para terras mais a norte.
Outras vidas (com menos net), e como costumo dizer, todas as vivências nos enrriquecem. Assim, sabe-me sempre bem uma boa mudança de ares, especialmente quando tenho os meus 2 tesouros perto de mim.
Visitamos os avós que ficam sempre radiantes com o Vasco.
Como devido à distancia, não nos vemos com frequencia, sempre que o vêem encontram-lhe tremendos desenvolvimentos, e nós concordamos porque felizmente são verdadeiros, mas eu particularmente receio um pouco expectativas demasiado elevadas, como por exemplo esperar pela total "normalidade" no futuro. No entanto, e como o futuro não nos pertence, mantenho-me no silêncio dos meus pensamentos, travando em mim divagações daquilo que podemos esperar sobre o futuro do nosso menino, que eu própria pouco sei. Duas coisas sei em concreto: o seu nome é Autismo e de momento não tem cura, (nem se prevê que venha a ter a curto prazo). Por certo, o tempo falar-lhes-á mais alto e mais acertadamente do que eu... Ficam-me, no entanto, a bater na cabeça, algumas frases reveladores das expectativas existentes, que estranhamente me agradam por breves instantes, mas que na realidade, bastante me preocupam. Não tereí nunca coragem de lhes explicar o que é exactamente Autismo, embora já lhes tivesse revelado o nome (que pouco lhes disse)... Não tereí nunca coragem para lhes dizer aquilo que já ouvi, que já li tantas vezes dos especialistas na matéria... No fundo acho que fujo de que alguma vez sintam a dor que senti inicialmente e que ma demonstrem, porque há muito que passeí essa fase e não a quero reviver através da dor dos outros. Apesar de compreender, vejo como profundamente errada a nossa dor inicial - aceitar não é sofrer.
Guardo-me, por isso, no meu silencio e prossigo no "retiro espiritual"! Saboreio-o... sabe bem sair para beber um café e passear, sabendo que o meu menino está bem e feliz se o deixar com os avós. É estranho viver rodeada pela esperança dos outros em que aquilo que o Vasco tem é simples e passará com o tempo... É estranho porque não é nada disso que povoa agora os meus pensamentos, nem o meu dia a dia, mas talvez seja melhor que as coisas sejam encaradas por eles assim! Quem sabe com o tempo.... O tempo - aquele que lentamente vai dizer-lhes aquilo que eu por agora silencio.
Ainda bem, porque eu não saberia fazer melhor. Ainda bem que será o tempo o mensageiro, porque quem sabe o tempo continue também a trazer sempre com ele os grandes desenvolvimentos que tem trazido até aqui... Ainda bem porque o tempo irá fazer por certo com eles o mesmo que me fez a mim, iluminando-me, enrriquecendo-me, fazendo-me sentir orgulhosa do meu menino como ele é, dando-me a noção de que o "tempo" mais importante é o agora e que é a esse que nos devemos agarrar e viver.

"PAIS EM REDE" (CONVITE)


Deixo-vos um convite que recebi, e para o qual peço a vossa especial atenção:

"APRESENTAÇÃO DO MOVIMENTO PAIS EM REDE
Sabe o que é nascer ou tornar-se alguém que não tem lugar na sociedade, não possui estatuto definido, e não goza dos direitos mais básicos que a Constituição proclama?
Sabe o que é ser olhado como um não semelhante?
Segundo estudos recentes, calcula-se que em Portugal o número de pessoas com incapacidades cognitivas, motoras e/ou sensoriais ronde os 600 mil, embora se saiba que a estimativa é muito inferior à realidade.
Apesar das medidas teóricas promulgadas, a situação destas pessoas e suas famílias no nosso país é confrangedora.
Não é só por falta de dinheiro, é sobretudo devido a factores socioculturais. As leis não são cumpridas, a ignorância impera e há sempre o medo de perder o pouco que se tem, o cansaço e a culpa a retirarem força aos que vivem os problemas.
A grande maioria das “famílias especiais” fecha-se sobre si, a proteger o filho que não tem lugar na sociedade.
É o mundo do silêncio.
Assim surgiu Pais em Rede,
Um movimento que trabalha por dentro, unindo famílias e cidadãos solidários numa rede nacional. Neste momento já somos muitos mas queremos ser mais (8 núcleos distritais e mais de 600 associados). E temos muitos projectos.
Objectivos:
Constituir-se como a voz activa de todas as famílias “especiais”
Actuar de forma transversal, cooperando com as estruturas existentes, públicas ou privadas
Colher testemunhos directos, com o objectivo de elaborar um diagnóstico real (Há algumas coisas óptimas e outras terríveis a acontecerem).
Equacionar problemas, procurar soluções e melhorar serviços:
Demonstrar o valor da pessoa
Mudar as mentalidades.

Para isso nos constituímos e no trabalho conjunto nos reforçamos.
- se é pai ou mãe, eduque o seu filho no respeito pela diferença
- se é professor/a ensine os valores da dignidade humana
- se é doméstica, continue a permitir que o detalhe faça a diferença
- se é profissional de saúde, além da doença veja a promessa
- se é jornalista alargue a consciência solidária do público
- se é administrativo/a atenda o outro como um próximo
- se é advogado/a lute pela visibilidade e cumprimento das leis
- se é artista crie beleza onde a norma rejeita
- se é arquitecto/a construa com as limitações dos outros
- se é empresário, partilhe como um investimento com retorno
- se trabalha no comércio, na construção civil, na indústria, na agricultura ou
- nas pescas, descubra o lugar certo para gente especial.
Seja qual for a sua situação, lembre-se que é um ser humano e actue em conformidade.
Contactos:
isabel1954@gmail.com
lebasiasobrab@gmail.com
SITE:www.paisemrede.net

Faça-se nosso associado leva só alguns segundos, não tem obrigatoridade de cotas e pode fazer toda a diferença".
 
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