terça-feira, 3 de julho de 2012

O MEU MAL É PENSAR

Não desisti de escrever, (embora pareça). Podia lá fazê-lo!
Nem saí de cena - venho até aqui muitas vezes rever-me e rever amigos, mas acabo sempre por sair "silenciosamente".
De facto, tenho vindo menos e faz-me falta para me "arrumar". É que às vezes vivo tanta coisa num só dia, que me perco em pensamentos. Noutras vezes, foge-me o tempo e agendo a transfega dos acontecimentoss para depois... E os dias vão-se assim preenchendo a uma velocidade que dificilmente consigo travar, tal como os meus destravados pensamentos que ficam agarrados ás milhentas coisas que me rodeiam. Parece que desperdiço bocadinhos de  mim, por toda a parte e desfragmentada sinto-me incapaz de escrever com a devida coerência.
Mas vou tentar:
A actualidade - no seu geral - não me inspira a grandes optimismos (creio que a ninguém)... e talvez em consequência disso, equacionar hipotéticamente o futuro, ainda me inspira menos.
Fico-me  então, pelo presente (curto prazo):
 - Essa maravilha de terminada a escola, poder ter o meu menino aceite e integrado no seu ATL (maravilha porque é algo vedado muitas vezes a meninos diferentes), onde todos os dias nos dizem que se portou muito bem;
- a (forte) probabilidade de ele poder ter "porta aberta" para o ATL da futura (nova) escola, muito, por ser conhecida a sua boa educação, coisa da qual aliás, muito nos orgulha cá por casa... poucos imaginarão o que a mesma representa... (vamos ver como corre);
-  a (agora) certeza de que na nova escola será implantado recurso identico ao que já vinha a usufruir desde o 1ºano, apesar das contingências financeiras conhecidas até à exaustão;
- e ... a cereja no topo do bolo: pelo menos uma das professoras de sempre, acompanha-lo-á nesta transição e ao longo do novo ciclo. (Se bem que o meu desejo era a continuídade de toda a equipa a trasitar com ele - isso é que era).

E mais não sei, porque isso já era querer saber muito, seria já querer saber mais que os outros pais, e mesmo que possa até ser legítimo este querer saber, não é possivel, porque são coisas que ninguém sabe a esta altura (e muitos nada querem saber em altura nenhuma). 

Por conseguinte, e pela parte que me toca, deveria estar totalmente tranquila... mas o meu espirito permite-me lá tal acrobacia! O meu mal é pensar - (digo-o muitas vezes) -  e secretamente invejo a capacidade de não pensar, noutros pais. Este desportivismo materno e paterno de viver bem sem nada saber, porque tudo se cria!
Muitos nem sabem se os filhos passaram de ano,  como correram as aprendizagens, o que é preciso fazer para motivar mais ao estudo... Muitos não têm esta especie de bicho a morder nas canelas desde o momento em que se nos rebenta a barriga e de lá saí um filho!
E é nestes filhos dos outros - aqueles que pouco querem saber deles - os filhos dos outros que simplesmente se criam, que às vezes vou deixando estilhaços meus, que depois me vejo aflita para apanhar...

3 comentários:

Rainbow Mum disse...

Fico feliz com as novidades! Sei que o nosso coração de mãe nunca sossega mas vejo bons motivos para optimismo. E também invejo muito pais que não têm 1/10 das nossas preocupações...

Mas os nossos filhotes merecem tudo, certo?

Beijinhos

Mina disse...

O mal é pensar-mos demais, e principalmente no futuro,
A bela frase de um dia de cada vez, começa a não nos satisfazer.
Embora devessemos dar-lhe prioridade, mas o coração tem razões que razão desconhece, e nossa parte emocional, toma conta da razão.

Lool não olhes p'ro que eu digo e vai em frente vivendo um dia de cada vez...

Beijokinhas

Rosa Carioca disse...

Da parte que me toca: GRAÇAS A DEUS que existem mães como você! Enriquecem E MUITO o nosso trabalho.
BEM HAJAM!

 
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